Os esquimós são um povo que vive em desertos gelados, nos lugares mais a norte do planeta terra. As suas casas são construídas com gelo e revestidas com as peles de ursos para se manterem quentes, de modo que a caça se torna essencialmente uma cultura e um meio de sobrevivência. Também dependem das peles dos animais para fabricarem o seu vestuário, que os protege contra o frio polar.
Esse tipo de agasalho é muito comum entre os esquimós, e, até hoje, os cientistas não conseguiram produzir um vestuário sintético capaz de aquecer o corpo humano, tanto quanto a pele desse enorme animal.
Utilizam a carne dos ursos para consumo, mas a sua dieta é basicamente constituída pela carne de foca e peixe, podendo ser transformada em óleos ricos em proteínas essenciais à sua alimentação.
Para conseguirem pescar é preciso ter muita agilidade porque têm de perfurar um buraco no gelo e passar longas horas até conseguirem alimento capaz de alimentar sua família. Também é, através desses buracos, que saem as focas que, por sua vez, são abatidas com um machado. Também caçam coelhos e patos selvagens, entre outros.
Quando um jovem atinge a puberdade, acompanha o seu pai na caça ao urso, matando o animal com uma lança, como os seus ancestrais, e traz como troféu o crânio, pendurando-o na janela da casa. Esta é uma prática própria da sua cultura.
Hoje em dia utilizam métodos diferentes de caça. Além da lança, usam também o trenó, binóculos e armas de fogo, instrumentos, bem mais eficientes para abater esses grandes e perigosos animais.
Além disso, hoje em dia, graças à globalização, os esquimós têm acesso a verduras e frutas, como também a muitos outros alimentos.
Houve também um aumento de turistas e criação de empregos como guias de acompanhamento em passeios, escaladas e uma grande variedade de actividades ligadas ao meio ambiente. O turismo é um recurso natural, dando possibilidades às famílias de adquirirem novos pertences e poderem mandar seus filhos para a escola.
Podem ainda tirar fotografias aos ursos, focas, pinguins e a outras espécies, usufruindo, como meio de transporte, de trenós, puxados por matilhas, composto normalmente por 12 cães treinados. Em alguns lugares esses meios de transportes deslocam-se por força de seis renas.
Esta é também uma forma de mostrar ao mundo os efeitos do aquecimento global. Há placas de gelo mais finas, e enormes montanhas glaciares a derreter pondo em perigo todo o habitar dos animais aí existentes glaciares, deixando há mercês dos homens tesouros escondidos. Foi descoberto recentemente por um cientista um mamute, com erva na boca, que leva a crer que outrora os pólos glaciares eram de clima ameno.
Nesses desertos glaciares povoados por esquimós, o que atraiu os seus antepassados foi também o aparecimento de minas de materiais preciosos como o ouro, ferro, cobre, gás e petróleo entre outros. Hoje sabe-se que, debaixo dessas enormes camadas de gelo, há uma riqueza enorme de recursos naturais por explorar, intocáveis pelo homem, devido às baixas temperaturas extremas.
Os invernos são extremamente rigorosos, chegando a registar-se temperaturas da ordem do -60º negativo. Os verões não existem.
No mar os esquimós encontram uma grande riqueza, sendo cultural à apanha do bacalhau, muito frequente em águas frias, por grandes navios bacalhoeiros. Além do bacalhau os esquimós ainda caçam baleias à maneira tradicional, em pequenos barcos de pele de foca movidos a remo.
Tanto em mar como em terra é uma vida muito difícil, visto aí terem seis meses de dia e seis meses de noite (consoante a zona onde estejam). As noites são comparadas a um dia de luar nunca caindo a escuridão por completo. O céu estrelado e suas constelações parecem cair na terra gelada, as estrelas tocadas por raios solares escondidos na escuridão.
Certos povos esquimós adoram as auroras e as constelações porque crêem ser algo que os protege, acendendo velas em honra desses deuses.
Apesar de manterem hábitos milenares, os seus moradores hoje em dia vivem em casas feitas de madeiras, sobretudo dos pinheiros do Alasca, uma matéria-prima bastante resistente, durante centenas de anos.
As habitações são aquecidas a gás e algumas têm computadores e internet. As escolas têm piscinas semi-olímpicas aquecidas, salas com pianos de cauda e um sofisticado sistema de teleconferência com transmissão de aulas pela televisão, via satélite, para outras vilas isoladas.